Dados da Transparência Brasil mostram ações que parlamentares paraibanos respondem
Marly Lúcio (Correio da Paraíba)
Marly Lúcio (Correio da Paraíba)
No dia em que a Câmara Federal adiou a votação do Projeto Ficha Limpa, a Organização Não Governamental Transparência Brasil divulgou a lista dos deputados federais e estaduais que respondem processos na Justiça.
A Paraíba é o Estado do Nordeste que possui o maior percentual de deputados estaduais com pendências judiciais. Segundo o levantamento, 39% dos parlamentares que ocupam uma cadeira na Assembleia Legislativa são considerados ‘ficha suja’.
Os deputados respondem por crimes que vão desde improbidade administrativa, a exemplo de Carlos Batinga (PSC), Dr. Verissinho (PMDB) e Expedito Pereira (PMDB), a delitos de ordem tributária, como é o caso do deputado estadual Romero Rodrigues (PSDB). Outros respondem por suposto envolvimento em esquema de desvio de recursos públicos, como Antonio Mineral (PSDB), Dunga Júnior (PTB) e Dinaldo Wanderley (PSDB).
Já os deputados Ricardo Marcelo (PSDB), Ricardo Barbosa (PSDB), Márcio Roberto (PMDB), Jeová Campos (PT) e Nivaldo Manoel (PMDB) – cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB) na última segunda-feira por infidelidade partidária – respondem na Justiça por problemas nas prestações de contas durante campanhas eleitorais.
A deputada Olenka Maranhão (PMDB) é ré em uma ação Penal Eleitoral por promover, no dia da eleição, com o fim de impedir, embaraçar ou fraudar o exercício do voto, inclusive com o fornecimento gratuito de alimento e transporte coletivo.
Federais - Na bancada federal paraibana, 41% dos deputados têm pendências na Justiça. O percentual equivale a cinco, dos doze parlamentares que representam o Estado na Câmara.
O levantamento da Transparência Brasil mostra que o deputado federal Armando Abílio (PTB) responde na Justiça por crime contra contra a fé pública; falsidade ideológica; pela prática de advocacia administrativa e coação no curso do processo; além de apropriação indébita previdenciária e crime de funcionário público contra a administração em geral.
Manoel Júnior (PMDB) é acusado de cometer irregularidades na execução de convênios; Rômulo Gouveia (PSDB) responde por captação ilícita de votos e irregularidades em licitação, na época que foi presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba. Já Vital do Rêgo Filho (PMDB) é acusado de sonegação de Imposto de Renda e Wellingtosn Roberto (PR) de crimes de ordem fiscais.
Na Câmara Federal, dos 513 deputados, 208, o equivalente a 41% são “ficha suja”.
Fonte: Correio da Paraíba
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