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sexta-feira, 11 de junho de 2010

BRASIL SOBERANO VENCE COALIZÃO VIRA-LATA -- EM VEZ DE HERDAR DÍVIDAS, NOVAS GERAÇÕES GANHAM UMA POUPANÇA DE ATÉ 50 BILHÕES DE BARRIS DE PETRÓLEO

Senado aprova capitalização da Petrobrás de até US$ 60 bi que ampliará a dimensão estatal da empresa e consagra novo modelo soberano de partilha na exploração das jazidas do pré-sal. Decisão representa derrota para Serra e as petroleiras internacionais que lutaram até o fim para adiar votação na expectativa de reverter o quadro político, pós-eleições. Novo marco regulador aprovado garante à Petrobras o papel de operador único de jazidas gigantescas que podem conter até 50 bilhões de barris, segundo a Agencia Nacional de Petróleo. Estatal brasileira terá, no mínimo, 30% em cada área. Novo regime inclui, ademais, a possibilidade de cessão direta à Petrobras de até 100% de novos campos, sem licitação. É a pá de cal no sonho privatizante dos interesses aglutinados em torno da candidatura demotucana. Aprovado ainda o Fundo Social formado pela capitalização de receitas e royalties vinculados a investimentos em educação, ciência, tecnologia, meio ambiente, combate à pobreza e à desigualdade. Dia 10 de junho de 2010: pela primeira vez, um governo lega às gerações futuras um passaporte de emancipação social, em vez de dívidas e alienação do patrimônio público.

(Carta Maior; 11/06)

BRASIL SOBERANO VENCE COALIZÃO VIRA-LATA -- EM VEZ DE HERDAR DÍVIDAS, NOVAS GERAÇÕES GANHAM UMA POUPANÇA DE ATÉ 50 BILHÕES DE BARRIS DE PETRÓLEO

Senado aprova capitalização da Petrobrás de até US$ 60 bi que ampliará a dimensão estatal da empresa e consagra novo modelo soberano de partilha na exploração das jazidas do pré-sal. Decisão representa derrota para Serra e as petroleiras internacionais que lutaram até o fim para adiar votação na expectativa de reverter o quadro político, pós-eleições. Novo marco regulador aprovado garante à Petrobras o papel de operador único de jazidas gigantescas que podem conter até 50 bilhões de barris, segundo a Agencia Nacional de Petróleo. Estatal brasileira terá, no mínimo, 30% em cada área. Novo regime inclui, ademais, a possibilidade de cessão direta à Petrobras de até 100% de novos campos, sem licitação. É a pá de cal no sonho privatizante dos interesses aglutinados em torno da candidatura demotucana. Aprovado ainda o Fundo Social formado pela capitalização de receitas e royalties vinculados a investimentos em educação, ciência, tecnologia, meio ambiente, combate à pobreza e à desigualdade. Dia 10 de junho de 2010: pela primeira vez, um governo lega às gerações futuras um passaporte de emancipação social, em vez de dívidas e alienação do patrimônio público.

(Carta Maior; 11/06)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

BRASIL PODE CRESCER ACELERADO, SEM RESTRIÇÃO EXTERNA, SE BAIXAR OS JUROS QUE ATRAEM CAPITAIS ESPECULATIVOS. É O OPOSTO DO QUE APREGOA A 'PRUDÊNCIA'

investimentos em máquinas e edificações avançam 26% no 1º trimestre e ampliam a oferta para acomodar uma demanda robusta, sem decontrole inflacionário [taxa recua de 0,57 em abril para 0,43% em maio]. Restrição externa ao crescimento, decorrente de expansão excessiva das importações, pode ser desarmada com a redução dos juros. Taxas menores afastariam o capital especulativo que invade o país em busca de ganhos rápidos, o que valoriza o Real incentivando importações em volume insustentável. A solução para continuar crescendo forte, portanto, é oposta àquela apregoada pelo' consultores dos mercado' que torcem pela alta dos juros. Criticar o juro alto é o único discurso que sobrou para o candidato do conservadorismo brasileiro no campo econômico. Compreende-se a ansiedade da mídia demotucana pela decisão do COPOM: Serra precisa de uma alta dos juros; o Brasil, não.

(Carta Maior; leia nesta página o artigo de Samuel Pinheiros Guimarães sobre a ardilosa prudencia dos defensores do PIB baixo com juro alto; 09-06)

terça-feira, 8 de junho de 2010

SERRA FICOU SEM DISCURSO, DIZ O 'ESTADÃO' -- VEM AÍ MAIS DOSSIÊS & FACTÓIDES ...

Aspas para o jornal que apóia o candidato do conservadorismo brasileiro: 'pesquisa Ibope/Estado/TV Globo mostra a dificuldade de José Serra (PSDB) fixar um discurso de campanha eficiente. Entre os temas pesquisados, apenas "segurança" e "impostos" revelam potencial para serem explorados em uma campanha oposicionista. São os únicos temas nos quais mais eleitores acham que as coisas pioraram do que melhoraram nos últimos dois anos. Serra ganha de Dilma Rousseff (PT) entre o eleitorado mais crítico. Ele pode tentar ampliar sua vantagem nesse segmento, mas o teto de crescimento é baixo.Surpreendentemente, "saúde", que poderia ser um diferencial do tucano por ele ser reconhecido como ministro da área, mostra um equilíbrio entre os eleitores que veem melhoras e pioras, o que dificulta a abordagem.Os temas econômicos, apesar de serem especialidades de Serra, como "emprego" e "consumo", são francamente favoráveis à pré-candidata governista. Será difícil o tucano encontrar um "gancho" que lhe renda votos nessas áreas'.

(Carta Maior, com informações Estadão; 07-06)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

CANDIDATURA SERRA ESFARELA SOB UMA AVALANCHE DE EXPANSÃO PRODUTIVA

A indústria brasileira moderou o ritmo de expansão entre março e abril, com um recuo de 0,7% em seu crescimento. Essa foi a manchete da mídia demotucana. Mas é preciso ler o conjunto dos indicadores do IBGE para avaliar a dinâmica real da economia. O que eles mostram é que o setor de bens de capital cresceu 2,4% em abril e acumula um salto de 36% na comparação com igual mês de 2009. No primeiro quadrimeste a produção de máquinas e equipamentos cresceu 29% sobre 2009 --e avança bem à frente da expansão média do setor industrial, que já é alta, de 18%. Mais: no BNDES os financiamentos para compra de bens de capital cresceram 133% de janeiro a abril. Mil operações de crédito estão sendo fechadas por dia para atender à demanda por novas máquinas; 67,5 mil contratos foram assinados desde janeiro até abril. O discurso da ‘crise iminente' disseminado pelas manchetes da mídia demotucana não é levado a sério pelas empresas na hora de tomar decisões. Serra repete o ‘jornalismo' que o bajula, mas os empresários -mesmo os que votam nele por ideologia-- preferem pautar seus negócios pelos sinais promissores do mercado interno e pelos avanços do PAC, que o PSDB chama de ficção e a Folha diz que não sai do lugar.


Fonte: Carta Maior

terça-feira, 1 de junho de 2010

SERRA NÃO ENGANA MAIS NINGUEM


O candidato do conservadorismo brasileiro já é identificado por 45% dos eleitores do país como aquele que mais defende os interesses dos ricos. Dilma, em contrapartida, é reconhecida por 37% como a que mais defende os pobres. 51% dos eleitores simpatizamtes do PSDB de Serra se declaram de extrema direita, de direita ou de centro-direita. O candidato da coalizão demotucana é apontado por 27% como o mais antipático dos concorrentes à Presidencia da República --opinião, ao que parece endossada por seus pares, que se recusam a ocupar a vice numa chapa liderada pelo arestoso pupilo das classes endinheiradas

Fonte: Carta Maior

terça-feira, 25 de maio de 2010

11,5 MILHÕES DE VOTOS DISTRAÍDOS AINDA NÃO PERCEBERAM QUE SERRA É O ANTI-LULA

23% dos eleitores que declaram voto no candidato do conservadorismo brasileiro, segundo o DatafolhA, anunciam ao mesmo tempo que seguirão "com certeza" a opção de voto que for indicada pelo Presidente Lula. Outros 26% dos 'serristas' consideram a hipótese de seguir o Presidente na hora de definir sua preferência. Essa fatia do eleitorado que ainda não sabe o nome apoiado por Lula mas aguarda uma definição dele soma cerca de 11,5 milhões de votos. Serra, de um lado, parece ter batido no teto na sua estratégia de dissimulação já que as pesquisas mostram uma Dilma colada no seu calcanhar com tendência ascendente em todo o país. Se atacar Dilma duramente, porém, e Lula sair em sua defesa, decifrará o jogo aos olhos dos lulistas distraídos e corre o risco de entrar numa espiral descendente em alta velocidade. Vai para confronto ou finge de morto?


Fonte: Carta Maior

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Imortal não. Eterno



O que se viu ontem na Vila Belmiro, não foi apenas uma vitória e uma classificação suada. Mas, sim, a reposta de Dorival Júnior e sua turma de colegiais para aqueles que insistem em procurar demérito onde só há talento. E um talento que vem de berço. Talento que é a tradição deste clube que incomoda e resiste a tudo e a todos.

Confesso, que depois do gol do Robinho, o segundo, se é que se pode chamar aquilo apenas de gol, eu chorei. Desabei como criança e como há muito tempo não desabava de emoção pelo meu Santos.

Mais que um título e uma vitória importante, a razão por minha reação se deve a certeza de ter tomado a decisão certa quando tinha meus cinco ou seis anos de idade, mesmo sob a pressão de uma época magra e oprimida pelas façanhas internacionais do São Paulo de Telê Santana.

O gol de Robinho, assim como o do Ganso, e também do incansável Wesley, selaram a boca dos que falaram demais, agravaram as dores localizadas nos cotovelos dos rivais e, de uma vez por todas, eternizou o solo sagrado de Vila Belmiro.

Olha, se existem coisas que nos motivam a continuar nessa batalha pela sobrevivência em um mundo cada vez mais cruel e injusto, a que aconteceu ontem em Santos foi uma delas. Pois os milhões de santistas espalhados por ele, assim como eu, desabaram de felicidade. Já os adversários, foram obrigados a se curvar a perfeição dos Meninos da Vila, no ofício de jogar futebol.

Não só nós, mas todos, hoje, têm a certeza de que o estádio Urbano Caldeira e seu time de artistas são especiais. Um lugar abençoado pelos deuses do futebol e que se tornou ao longo de sua história um pára-raios de raríssimos talentos.

Não tenho dúvida de que esse time, em pouco tempo, não resistirá aos assédios vindos do velho mundo. Mas, ao mesmo tempo, o que me conforta é que assim como Pelé, Giovanni, Robinho, Ganso e Neymar, sei que em um futuro breve, outros garotos franzinos brotarão desse gramado iluminado passando o pé sobre a bola e dando sequência a esse divino legado.

Em Santos se planta amor a camisa, no Santos se colhe a magia do futebol.



carta
Mauro McFly
Diretor de Criação
(13.33260819

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Carta Maior e o confronto entre duas visões de mundo e soberania


Rússia apoia esforço do Brasil pela paz no Irã; Sarkozy endossa tentativa brasileira de um acordo que evite sanções contra o Irã; alto funcionário do Departamento de Estado norte-americano reconhece: 'Lula é a última chance para que o Irã retorne negociações". O embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon, ao Financial Times:  ' À medida que o Brasil se torna mais afirmativo globalmente e começa a afirmar sua influência, vamos trombar com o Brasil em novos temas - como o Irã, o Oriente Médio, o Haiti; embora positiva de uma maneira geral esta postura brasileira está nos desafiando porque significa que temos de repensar a forma como entendemos nosso relacionamento". E Serra? Aspas para sua declaração  em entrevista à RBS essa semana: 'Como presidente, não receberia nem visitaria Ahmadinejad'. 
Fonte: Carta Maior

quarta-feira, 12 de maio de 2010

E agora, José?

"Você e o pessoal do sistema financeiro podem ficar tranquilos que não vai ter nenhuma virada de mesa". A frase foi dita, em tom exasperado, pelo candidato José Serra, que destratou a jornalista Míriam Leitão ao vivo, alto e bom som, em entrevista à rádio CBN, ontem (dia 10 de maio).
Mas isso não era para ser dito no rádio. Daí a irritação. Serra saiu do sério e bateu boca, sem dó nem piedade. Logo ele, que diz ter se preparado a vida inteira para este momento, não estava preparado para ser pego de surpresa e ter que declarar, com todas as letras, algo que deveria ser mantido em conversas de bastidor. E, imagine, arrancado justo por uma jornalista que deveria ter, como sua obrigação profissional diária, facilitar as coisas para o candidato da oposição, e não arremessar-lhe bolas divididas. Fogo amigo!
Modéstia às favas, a palavra mais repetida por Serra ao longo de sua emissão radiofônica e histriônica foi "eu". Entre um "eu isso", "eu aquilo", indignado com a pergunta, Serra mostrou para que está "preparado". Está preparado para ser o candidato dos ricos. Preparado para ser o representante da Avenida Paulista. Preparado para unir dois lados que se odeiam, mas que perfilam ombro a ombro: a FIESP e a Febraban.
E agora, José? Como fica aquela fotomontagem angelical da capa da Revista Veja? Foi-se por água abaixo, em trinta segundos de bate-boca. Também caiu por terra o arremedo de contrariedade com a política monetária do Banco Central. A contragosto, Serra teve que confessar: baixar juros, só quando a inflação estiver caindo; de preferência, com deflação. Quanta ousadia!

Fonte: Carta Maior

terça-feira, 11 de maio de 2010

A decantação dos fatos

Jarbas Vasconcelos (PMDB -PE), homem de confiança de Serra:

"O Bolsa Família é o maior programa oficial de compra de votos do mundo"

(VEJA 18-02-2009)

Roberto Freire (PPS) , braço-direito de Serra para ataques a Lula, ao PT e à CUT
[o Bolsa Familia] obedece a uma funcionalidade conservadora, que apenas perpetua a pobreza e a miséria, mantendo o status quo".
(28-09-2009)

Deuzeni Goldman, esposa de Alberto Goldman, atual governador de São Paulo:

"O Bolsa Família dá dinheiro mensal para a pessoa se acomodar"

(Folha, 04-04-2010)


Serra

‘[o Bolsa Família] não só vai ser mantido, como vamos procurar maneiras de fortalece-lo ..'

(entrevista à Rádio Jornal, de Pernambuco; 13-04)



Folha
os recursos para o ‘Renda Cidadã [o Bolsa Família tucano] tiveram um corte de 38%, de 2008 para 2009. No ano eleitoral de 2006, o programa atendia a 160 mil famílias; caiu para 137,3 mil em 2009... (09-05)

Lula:

"no Estado mais rico da federação, a única política social que há é feita pelo governo federal; aqui em São Paulo mais de 1,1 milhão recebem o Bolsa-Família..."

(Discurso no 1º de Maio de 2010)


ONU
"O Brasil alcançou todos os objetivos do Milênio (Metas do Milênio de redução da fome e da pobreza) ...; demonstrou ao mundo que lutar contra a fome tem um significado econômico. [cria] empregos e crescimento , disse Josette Sheeram, da ONU, na entrega do título de Campeão Mundial na Luta Contra a Fome" ao Presidente Lula ( 10-05)


Fonte: Carta Maior

sexta-feira, 7 de maio de 2010

A estética da baixaria


A produção da blogosfera se mantém intensa. O Brizola Neto tem feito um trabalho espetacular em seu blog, respondendo a matérias do Globo, Folha e Estadão. Eduardo Guimarães, Nassif, Azenha, idem. Maurício Caleiro publicou hoje um postexcepcional sobre o cinismo de Serra em não se apresentar como oposição.

É tanto fera escrevendo que eu, quando me afasto da blogosfera por alguns dias, ou mesmo algumas horas, tenho a sensação estranha, quando volto à ativa, de estar "sobrando". Vejo os jogadores passando a bola um para o outro, com talento e classe, e me pego zanzando, meio confuso, de lá para cá, sem saber onde a bola se encontra.

Entendo que não posso pensar assim. A blogosfera tem de aumentar muito, muito mais. Meu blog tem batido recordes de visitação nas últimas semanas, e sempre que eu o atualizo de forma mais frequente, registro novos recordes. Lembro do tempo em que eu me orgulhava que o site do Arte & Política e meu blog marcavam 300 visitantes únicos diários. Outro dia, o Óleo marcou mais de 3 mil pages views e 1,7 mil visitantes únicos. Não digo isso para me gabar, ou antes, digo sim, mas também para mostrar que a blogosfera está crescendo efetivamente, visto que há blogs políticos com visitação infinitamente superior à minha.

E isso não significa nada. O público da blogosfera é ávido e infiel. Se você não atualizar seu blog, se você deixar a chama baixar, os gráficos despencam no dia seguinte. Existe um controle de qualidade severo na web. Isso a torna cada vez melhor, e também o trabalho do blogueiro cada vez mais difícil.

Uma das tarefas mais populares da blogosfera é o trabalho de contrainformação. A partidarização da mídia pesa na balança ideológica, produzindo desequilíbrio e demanda social por um contrapeso. Os blogueiros perceberam esse déficit e fazem o possível para preencher a lacuna.

Justamente por o Tijolaço estar fazendo um bom trabalho analisando o Globo e seus priminhos de São Paulo, eu me vejo empurrado para os subúrbios mais perigosos da big press. O blog de Augusto Nunes, por exemplo. Hospedado no site da Veja, Augusto Nunes é uma espécie de xipófago de Reinaldo Azevedo, blogueiro da mesma revista, de cujas estrepolias eu tenho me poupado há anos (tinha mais o que fazer; ler Faulkner, por exemplo)- mas que talvez, para não chutar a mesma bola que outros blogueiros estão tocando, eu também seja obrigado a frequentar.

Pois alguém precisa fazer a marcação desses caras; se tiver que ser eu, então eu faço.

Já escrevi algo sobre Augusto Nunes num outro post, mas creio que o tema pode ser melhor explorado.

O blogueiro da Veja é, antes de tudo, agressivo. Sua diferença em relação a Reinaldo talvez seja o estilo mais barroco e conciso. O interessante, a meu ver, é que, ao embarcar num discurso tão maniqueísta, tão encarniçadamente de oposição, Nunes faz exatamente o que Serra, que ele defende com um nervosismo que beira a histeria, vem procurando evitar.

Em virtude do grau tóxico do texto a ser analisado, creio que é mais saudável expor somente pequenas doses. Eis aqui, como exemplo, o início de seu último post, publicado há pouco:

Parida por stalinistas farofeiros, avalizada por um presidente ignorante também em geopolítica e executada por um chanceler poltrão, a política externa do governo brasileiro ultrapassou uma das últimas fronteiras da canalhice ao retomar a sequência de agressões a Honduras. Pronto para a viagem ao Irã, em fase de aquecimento para a tarefa de distrair aiatolás atômicos com afagos subalternos e anedotas vulgares, Lula voltou a absolver um governo infame enquanto reiterava a excomunhão de um presidente democraticamente eleito.

Esses caras produzem uma realidade paralela. Não há frase que não seja uma mentira. Não me darei ao trabalho de desconstruir peça por peça. Apenas chamo a atenção para o estilo caricato e preconceituoso. "Stalinistas farofeiros"... O Brasil nunca ganhou tanto dinheiro, tanto na exportação quanto no mercado interno. Este ano devem ser gerados mais de 2 milhões de empregos e a economia possivelmente crescerá mais de 7%. Faltou dizer que os stalinistas além da farofa também se alimentam de massas cheirosas...

O que acontece aqui? A resposta está em outro post de Nunes, em que ele reproduz texto de um comentarista:

“Bombardeada de críticas sobre seus tropeços no quesito fashion, a ex-ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, resolveu pedir a ajuda de profissionais de estilo para renovar seu guarda-roupa de campanha.”

Tropeços no quesito fashion? Esse é o maior problema de Dilma? E o discurso em andrajos? A sintaxe em farrapos? As concordâncias penduradas num trapo de tecido ordinário? A nudez grotesca do raciocínio. As ideias encardidas, rotas, puídas. A postura troncha. O pensamento sem alinhavo, sem ponto e pesponto. Os programas de governo sem bojo, sem modelagem. Os números sem medidas. A inteligência sem acabamento. A cognição do avesso. A ignorância extralarge, XXX?

Se Chanel e Dior ressuscitassem só para trabalhar como “profissionais de estilo” de sua campanha, Dilma não seria mais do que é e sempre foi ─ uma fraude mal acabada, imprópria até para uma arara de loja da Galeria Pajé.

Compreenderam? Eles não tem mais o que criticar. Diante dos números positivos da economia, do emprego, dos elogios da imprensa estrangeira, adotam uma linguagem cada vez mais desequilibrada e emocional. São textos sem verbos, sem substantivos. Apenas adjetivos, adjetivos, adjetivos... Não debatem mais idéias; atacam as pessoas. Usam a chacota para desequilibrar psicologicamente seus adversários. É a estética da baixaria.

A Veja assume-se como periferia violenta de uma cidadela midiática dominada por gangues psicóticas, onde o debate político é substituído por insultos, grosserias e chauvinismos.

Nunes parece o homem que diz berrando para sua esposa não falar alto, e xinga o filho por ter pronunciado um nome feio.

Curiosamente, os textos dessa turma toda estão ficando parecidos entre si. Augusto Nunes, Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, semelham avatares diferentes do mesmo cérebro. Impressionam os incautos com seu palavreado incendiário, espalhafatoso, barroco. Mas disparam apenas fogos de artifício. O texto deles não se sustenta no tempo, porque não tem substância nem ritmo. Praticam um maniqueísmo tolo, pirracento, artificial, direcionado a espíritos pequenos e infantis. Em todas as épocas, existiram titipinhos semelhantes, tão cheios de si quanto ocos por dentro.

Se é esse tipo de gente que ataca violentamente Dilma Rousseff e Marcelo Branco, então podemos ter certeza de que Dilma é a melhor candidata e Branco é o melhor coordenador de internet. Os cães furiosos, presos às oleiras de seus donos, podem latir, babar, vomitar, os olhos injetados de ódio, não importa, a caravana vai passar sobre suas carcaças e seguir viagem em direção a outras guerras mais nobres, mais dificeis, contra adversários muito mais perigosos...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Contrastes entre dois finais de mandato


Dia 6 de maio de 2001:

a) Brasil vive crise dramática de energia e aguarda o pronunciamento do Presidente Fernando Henrique Cardoso que anunciará o racionamento à Nação;

b) Folha Online: "Além de sofrer com o aumento das tarifas de energia elétrica, o brasileiro ainda terá de gastar mais dinheiro para acender uma vela, em caso de apagões".

c) preço do produto será reajustado devido ao aumento de 5,5% no valor da parafina, vendida mais cara pela Petrobras desde o último dia 1º.

d) acidente com a plataforma P-36, que explodiu e afundou na Bacia de Campos dia 20-03, causou 11 mortes e reduziu a produção nacional de petróleo em 84.000 barris/dia

e)Agência Nacional de Petróleo (ANP) afirma que acidente foi causado por "

"não-conformidades quanto a procedimentos operacionais de manutenção e de projeto" por parte da Petrobrás.



f) Folha On line: "Se os aumentos de tarifa não forem suficientes para reduzir o consumo de energia elétrica, brasileiros poderão ficar até quatro horas por dia no escuro".


Dia 6 de maio de 2010:


a) governo anuncia o Plano Nacional da Banda Larga para garantir acesso de alta velocidade à Internet a 40 milhões de domicílios até 2014; a estatal Telebrás é capitalizada para assumir o comando da rede de transmissão.


b) Governo cria Eximbank para incentivar exportações e define incentivos fiscais com devolução rápida de tributos para alavancar vendas brasileirsas ao exterior;


c) Indústria de máquinas e equipamentos registra o melhor março da sua história com faturamento de R$ 7,2 bilhões


d) IBGE: crescimento de 18% da produção industrial no 1º trimestre configura a maior expansão trimestral desde o início da série histórica, em 1991.


e) Petrobrás prepara-se para realizar mega-capitalização destinada a investimentos da ordem de US$ 174 bilhões na exploração das reservas brasileiras do pré-sal, a principal descoberta de petróleo do mundo nas últimas décadas;


f) Oposição no Congresso boicota votação das regras do pré-sal que garantem soberania nacional no controle das novas jazidas;


g) José Serra, ex- ministro da Saúde e do Planejamento Econômico de FHC, apresenta-se novamente como candidato das forças anti-Lula à Presidência da República, agora com dimensão regional: o tucano afirma que o Mercosul é uma farsa; quer impedir a adesão da Venezuela ao bloco e sinaliza um retorno à diplomacia de FHC de alinhamento com os EUA.


Fonte: Carta Maior

A má fé da mídia Serra/Veja/O Globo/FSP/Estadão com Lula e Dilma

Feijão com arroz

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O Cachete - O Remédio para a Crise de Coluna: O Observatório da Imprensa Descobriu Algo Inédito!

O Cachete - O Remédio para a Crise de Coluna: O Observatório da Imprensa Descobriu Algo Inédito!

Serra, a Folha de São Paulo e a Veja


A porta giratória que une a campanha de Serra às redações da Folha de São Paulo e da revista VEJA moveu-se mais uma vez: Márcio Aith, que, aspas para o jornal na coluna Painel, "vinha trabalhando na Folha como repórter especial" -e pouco antes fora editor-executivo de VEJA--  agora passa a trabalhar  diretamente na campanha demotucana, como coordenador  de imprensa do candidato do conservadorismo brasileiro. Um dos recentes serviços  de Aith na forma ‘ reportagem' foi o factóide  sobre a Telebrás. A tentativa  era inviabilizar a política de universalização do acesso à web --que será  anunciada hoje--  criando um vínculo de interesses escusos entre o programa do governo e consultorias prestadas pelo ex-ministro José Dirceu a sócios da estatal . A Advocacia Geral da União desmentiu essa possibilidade ao esclarecer que  os  16 mil quilômetros da rede de fibra ótica a serem utilizados no programa, juridicamente já haviam sido retomados pelo Estado brasileiro, embora o sistema Telebrás tenha sido privatizado por FHC,  em 1998. Em vão.  Em uma das ‘matérias', Aith dizia que "Dirceu recebe de empresa por trás da Telebrás". A nova atribuição do jornalista , agora pela frente,  esclarece de forma cabal as motivações por trás do seu trabalho anterior.

(Carta Maior apóia Dilma Rousseff e nada tem contra o engajamento de jornalistas e veículos, desde que isso se dê de forma transparente para o discernimento do leitor; atualizado às 12:05; 05-05)

Fonte: Carta Maior