“Acabou o tempo dos exterminadores de emprego, dos exterminadores de futuro. O tempo agora é dos criadores de emprego, dos criadores de futuro”, declarou a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, ao encerrar sábado, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, um discurso marcado essencialmente por uma espécie de declaração de princípios. Afirmando que aproveitava o encontro com sindicalistas para detalhar mais sua identidade, Dilma garantiu que não foge quando a situação se torna difícil e não tem medo de luta; que não usará mercenários para agredir adversários; que nunca traiu, não trai e nem trairá “os interesses e os direitos do povo”; que não destruirá o Estado nem permitirá que o patrimônio público seja dilapidado e despedaçado.
Em nenhum momento de sua declaração de princípios a pré-candidata do PT mencionou seu principal adversário, o pré-candidato tucano, José Serra, nem o PSDB e seus aliados na oposição ao Governo Lula. Preferiu, veladamente, contrapor seus princípios e seu ideário político às características que atribui a Serra, ao partido dele e ao Governo FHC, em que Serra foi ministro do Planejamento e da Saúde.
Leia, a seguir, os principais trechos do pronunciamento de Dilma aos mais de mil líderes sindicais e militantes reunidos sábado pelas seis maiores centrais do país:
“Eu não fujo quando a situação fica difícil. Eu não tenho medo da luta. Posso apanhar, sofrer, ser maltratada, mas estou sempre firme com minhas convicções. (…) Nunca me submeti. Nunca abandonei o barco.”
“Eu não sou de esmorecer. Vocês não me verão entregando os pontos, desistindo, jogando a toalha. Vou lutar até o fim por aquilo em que acredito. (…) Por um país desenvolvido com oportunidades para todos, com renda e mobilidade social, soberano e democrático.”
“Eu não apelo. Vocês não verão Dilma Rousseff usando métodos desonestos e eticamente condenáveis para ganhar ou vencer. Não me verão usando mercenários para caluniar e difamar adversários. Não me verão fazendo (ataques) ou permitindo que meus seguidores cometam ataques pessoais a ninguém. Minhas críticas serão duras, mas serão políticas e civilizadas. Mesmo que eu seja alvo de ataques difamantes.”
“Eu não traio o povo brasileiro. (…) Eu nunca traí os interesses e os direitos do povo. E nunca trairei. Vocês não me verão por aí pedindo que esqueçam o que afirmei ou escrevi.”
“Eu não entrego o meu país. (…) Não vou destruir o Estado (…) Não permitirei, se tiver forças para isto, que o patrimônio nacional, representado por suas riquezas naturais e suas empresas públicas, seja dilapidado e partido em pedaços.”
“Eu respeito os movimentos sociais. (…) Democrata que se preza não agride os movimentos sociais. Não trata grevistas como caso de polícia. Não bate em manifestantes que estejam lutando pacificamente pelos seus interesses legítimos.”
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