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terça-feira, 25 de maio de 2010

11,5 MILHÕES DE VOTOS DISTRAÍDOS AINDA NÃO PERCEBERAM QUE SERRA É O ANTI-LULA

23% dos eleitores que declaram voto no candidato do conservadorismo brasileiro, segundo o DatafolhA, anunciam ao mesmo tempo que seguirão "com certeza" a opção de voto que for indicada pelo Presidente Lula. Outros 26% dos 'serristas' consideram a hipótese de seguir o Presidente na hora de definir sua preferência. Essa fatia do eleitorado que ainda não sabe o nome apoiado por Lula mas aguarda uma definição dele soma cerca de 11,5 milhões de votos. Serra, de um lado, parece ter batido no teto na sua estratégia de dissimulação já que as pesquisas mostram uma Dilma colada no seu calcanhar com tendência ascendente em todo o país. Se atacar Dilma duramente, porém, e Lula sair em sua defesa, decifrará o jogo aos olhos dos lulistas distraídos e corre o risco de entrar numa espiral descendente em alta velocidade. Vai para confronto ou finge de morto?


Fonte: Carta Maior

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Imortal não. Eterno



O que se viu ontem na Vila Belmiro, não foi apenas uma vitória e uma classificação suada. Mas, sim, a reposta de Dorival Júnior e sua turma de colegiais para aqueles que insistem em procurar demérito onde só há talento. E um talento que vem de berço. Talento que é a tradição deste clube que incomoda e resiste a tudo e a todos.

Confesso, que depois do gol do Robinho, o segundo, se é que se pode chamar aquilo apenas de gol, eu chorei. Desabei como criança e como há muito tempo não desabava de emoção pelo meu Santos.

Mais que um título e uma vitória importante, a razão por minha reação se deve a certeza de ter tomado a decisão certa quando tinha meus cinco ou seis anos de idade, mesmo sob a pressão de uma época magra e oprimida pelas façanhas internacionais do São Paulo de Telê Santana.

O gol de Robinho, assim como o do Ganso, e também do incansável Wesley, selaram a boca dos que falaram demais, agravaram as dores localizadas nos cotovelos dos rivais e, de uma vez por todas, eternizou o solo sagrado de Vila Belmiro.

Olha, se existem coisas que nos motivam a continuar nessa batalha pela sobrevivência em um mundo cada vez mais cruel e injusto, a que aconteceu ontem em Santos foi uma delas. Pois os milhões de santistas espalhados por ele, assim como eu, desabaram de felicidade. Já os adversários, foram obrigados a se curvar a perfeição dos Meninos da Vila, no ofício de jogar futebol.

Não só nós, mas todos, hoje, têm a certeza de que o estádio Urbano Caldeira e seu time de artistas são especiais. Um lugar abençoado pelos deuses do futebol e que se tornou ao longo de sua história um pára-raios de raríssimos talentos.

Não tenho dúvida de que esse time, em pouco tempo, não resistirá aos assédios vindos do velho mundo. Mas, ao mesmo tempo, o que me conforta é que assim como Pelé, Giovanni, Robinho, Ganso e Neymar, sei que em um futuro breve, outros garotos franzinos brotarão desse gramado iluminado passando o pé sobre a bola e dando sequência a esse divino legado.

Em Santos se planta amor a camisa, no Santos se colhe a magia do futebol.



carta
Mauro McFly
Diretor de Criação
(13.33260819

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Carta Maior e o confronto entre duas visões de mundo e soberania


Rússia apoia esforço do Brasil pela paz no Irã; Sarkozy endossa tentativa brasileira de um acordo que evite sanções contra o Irã; alto funcionário do Departamento de Estado norte-americano reconhece: 'Lula é a última chance para que o Irã retorne negociações". O embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon, ao Financial Times:  ' À medida que o Brasil se torna mais afirmativo globalmente e começa a afirmar sua influência, vamos trombar com o Brasil em novos temas - como o Irã, o Oriente Médio, o Haiti; embora positiva de uma maneira geral esta postura brasileira está nos desafiando porque significa que temos de repensar a forma como entendemos nosso relacionamento". E Serra? Aspas para sua declaração  em entrevista à RBS essa semana: 'Como presidente, não receberia nem visitaria Ahmadinejad'. 
Fonte: Carta Maior

quarta-feira, 12 de maio de 2010

E agora, José?

"Você e o pessoal do sistema financeiro podem ficar tranquilos que não vai ter nenhuma virada de mesa". A frase foi dita, em tom exasperado, pelo candidato José Serra, que destratou a jornalista Míriam Leitão ao vivo, alto e bom som, em entrevista à rádio CBN, ontem (dia 10 de maio).
Mas isso não era para ser dito no rádio. Daí a irritação. Serra saiu do sério e bateu boca, sem dó nem piedade. Logo ele, que diz ter se preparado a vida inteira para este momento, não estava preparado para ser pego de surpresa e ter que declarar, com todas as letras, algo que deveria ser mantido em conversas de bastidor. E, imagine, arrancado justo por uma jornalista que deveria ter, como sua obrigação profissional diária, facilitar as coisas para o candidato da oposição, e não arremessar-lhe bolas divididas. Fogo amigo!
Modéstia às favas, a palavra mais repetida por Serra ao longo de sua emissão radiofônica e histriônica foi "eu". Entre um "eu isso", "eu aquilo", indignado com a pergunta, Serra mostrou para que está "preparado". Está preparado para ser o candidato dos ricos. Preparado para ser o representante da Avenida Paulista. Preparado para unir dois lados que se odeiam, mas que perfilam ombro a ombro: a FIESP e a Febraban.
E agora, José? Como fica aquela fotomontagem angelical da capa da Revista Veja? Foi-se por água abaixo, em trinta segundos de bate-boca. Também caiu por terra o arremedo de contrariedade com a política monetária do Banco Central. A contragosto, Serra teve que confessar: baixar juros, só quando a inflação estiver caindo; de preferência, com deflação. Quanta ousadia!

Fonte: Carta Maior

terça-feira, 11 de maio de 2010

A decantação dos fatos

Jarbas Vasconcelos (PMDB -PE), homem de confiança de Serra:

"O Bolsa Família é o maior programa oficial de compra de votos do mundo"

(VEJA 18-02-2009)

Roberto Freire (PPS) , braço-direito de Serra para ataques a Lula, ao PT e à CUT
[o Bolsa Familia] obedece a uma funcionalidade conservadora, que apenas perpetua a pobreza e a miséria, mantendo o status quo".
(28-09-2009)

Deuzeni Goldman, esposa de Alberto Goldman, atual governador de São Paulo:

"O Bolsa Família dá dinheiro mensal para a pessoa se acomodar"

(Folha, 04-04-2010)


Serra

‘[o Bolsa Família] não só vai ser mantido, como vamos procurar maneiras de fortalece-lo ..'

(entrevista à Rádio Jornal, de Pernambuco; 13-04)



Folha
os recursos para o ‘Renda Cidadã [o Bolsa Família tucano] tiveram um corte de 38%, de 2008 para 2009. No ano eleitoral de 2006, o programa atendia a 160 mil famílias; caiu para 137,3 mil em 2009... (09-05)

Lula:

"no Estado mais rico da federação, a única política social que há é feita pelo governo federal; aqui em São Paulo mais de 1,1 milhão recebem o Bolsa-Família..."

(Discurso no 1º de Maio de 2010)


ONU
"O Brasil alcançou todos os objetivos do Milênio (Metas do Milênio de redução da fome e da pobreza) ...; demonstrou ao mundo que lutar contra a fome tem um significado econômico. [cria] empregos e crescimento , disse Josette Sheeram, da ONU, na entrega do título de Campeão Mundial na Luta Contra a Fome" ao Presidente Lula ( 10-05)


Fonte: Carta Maior

sexta-feira, 7 de maio de 2010

A estética da baixaria


A produção da blogosfera se mantém intensa. O Brizola Neto tem feito um trabalho espetacular em seu blog, respondendo a matérias do Globo, Folha e Estadão. Eduardo Guimarães, Nassif, Azenha, idem. Maurício Caleiro publicou hoje um postexcepcional sobre o cinismo de Serra em não se apresentar como oposição.

É tanto fera escrevendo que eu, quando me afasto da blogosfera por alguns dias, ou mesmo algumas horas, tenho a sensação estranha, quando volto à ativa, de estar "sobrando". Vejo os jogadores passando a bola um para o outro, com talento e classe, e me pego zanzando, meio confuso, de lá para cá, sem saber onde a bola se encontra.

Entendo que não posso pensar assim. A blogosfera tem de aumentar muito, muito mais. Meu blog tem batido recordes de visitação nas últimas semanas, e sempre que eu o atualizo de forma mais frequente, registro novos recordes. Lembro do tempo em que eu me orgulhava que o site do Arte & Política e meu blog marcavam 300 visitantes únicos diários. Outro dia, o Óleo marcou mais de 3 mil pages views e 1,7 mil visitantes únicos. Não digo isso para me gabar, ou antes, digo sim, mas também para mostrar que a blogosfera está crescendo efetivamente, visto que há blogs políticos com visitação infinitamente superior à minha.

E isso não significa nada. O público da blogosfera é ávido e infiel. Se você não atualizar seu blog, se você deixar a chama baixar, os gráficos despencam no dia seguinte. Existe um controle de qualidade severo na web. Isso a torna cada vez melhor, e também o trabalho do blogueiro cada vez mais difícil.

Uma das tarefas mais populares da blogosfera é o trabalho de contrainformação. A partidarização da mídia pesa na balança ideológica, produzindo desequilíbrio e demanda social por um contrapeso. Os blogueiros perceberam esse déficit e fazem o possível para preencher a lacuna.

Justamente por o Tijolaço estar fazendo um bom trabalho analisando o Globo e seus priminhos de São Paulo, eu me vejo empurrado para os subúrbios mais perigosos da big press. O blog de Augusto Nunes, por exemplo. Hospedado no site da Veja, Augusto Nunes é uma espécie de xipófago de Reinaldo Azevedo, blogueiro da mesma revista, de cujas estrepolias eu tenho me poupado há anos (tinha mais o que fazer; ler Faulkner, por exemplo)- mas que talvez, para não chutar a mesma bola que outros blogueiros estão tocando, eu também seja obrigado a frequentar.

Pois alguém precisa fazer a marcação desses caras; se tiver que ser eu, então eu faço.

Já escrevi algo sobre Augusto Nunes num outro post, mas creio que o tema pode ser melhor explorado.

O blogueiro da Veja é, antes de tudo, agressivo. Sua diferença em relação a Reinaldo talvez seja o estilo mais barroco e conciso. O interessante, a meu ver, é que, ao embarcar num discurso tão maniqueísta, tão encarniçadamente de oposição, Nunes faz exatamente o que Serra, que ele defende com um nervosismo que beira a histeria, vem procurando evitar.

Em virtude do grau tóxico do texto a ser analisado, creio que é mais saudável expor somente pequenas doses. Eis aqui, como exemplo, o início de seu último post, publicado há pouco:

Parida por stalinistas farofeiros, avalizada por um presidente ignorante também em geopolítica e executada por um chanceler poltrão, a política externa do governo brasileiro ultrapassou uma das últimas fronteiras da canalhice ao retomar a sequência de agressões a Honduras. Pronto para a viagem ao Irã, em fase de aquecimento para a tarefa de distrair aiatolás atômicos com afagos subalternos e anedotas vulgares, Lula voltou a absolver um governo infame enquanto reiterava a excomunhão de um presidente democraticamente eleito.

Esses caras produzem uma realidade paralela. Não há frase que não seja uma mentira. Não me darei ao trabalho de desconstruir peça por peça. Apenas chamo a atenção para o estilo caricato e preconceituoso. "Stalinistas farofeiros"... O Brasil nunca ganhou tanto dinheiro, tanto na exportação quanto no mercado interno. Este ano devem ser gerados mais de 2 milhões de empregos e a economia possivelmente crescerá mais de 7%. Faltou dizer que os stalinistas além da farofa também se alimentam de massas cheirosas...

O que acontece aqui? A resposta está em outro post de Nunes, em que ele reproduz texto de um comentarista:

“Bombardeada de críticas sobre seus tropeços no quesito fashion, a ex-ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, resolveu pedir a ajuda de profissionais de estilo para renovar seu guarda-roupa de campanha.”

Tropeços no quesito fashion? Esse é o maior problema de Dilma? E o discurso em andrajos? A sintaxe em farrapos? As concordâncias penduradas num trapo de tecido ordinário? A nudez grotesca do raciocínio. As ideias encardidas, rotas, puídas. A postura troncha. O pensamento sem alinhavo, sem ponto e pesponto. Os programas de governo sem bojo, sem modelagem. Os números sem medidas. A inteligência sem acabamento. A cognição do avesso. A ignorância extralarge, XXX?

Se Chanel e Dior ressuscitassem só para trabalhar como “profissionais de estilo” de sua campanha, Dilma não seria mais do que é e sempre foi ─ uma fraude mal acabada, imprópria até para uma arara de loja da Galeria Pajé.

Compreenderam? Eles não tem mais o que criticar. Diante dos números positivos da economia, do emprego, dos elogios da imprensa estrangeira, adotam uma linguagem cada vez mais desequilibrada e emocional. São textos sem verbos, sem substantivos. Apenas adjetivos, adjetivos, adjetivos... Não debatem mais idéias; atacam as pessoas. Usam a chacota para desequilibrar psicologicamente seus adversários. É a estética da baixaria.

A Veja assume-se como periferia violenta de uma cidadela midiática dominada por gangues psicóticas, onde o debate político é substituído por insultos, grosserias e chauvinismos.

Nunes parece o homem que diz berrando para sua esposa não falar alto, e xinga o filho por ter pronunciado um nome feio.

Curiosamente, os textos dessa turma toda estão ficando parecidos entre si. Augusto Nunes, Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, semelham avatares diferentes do mesmo cérebro. Impressionam os incautos com seu palavreado incendiário, espalhafatoso, barroco. Mas disparam apenas fogos de artifício. O texto deles não se sustenta no tempo, porque não tem substância nem ritmo. Praticam um maniqueísmo tolo, pirracento, artificial, direcionado a espíritos pequenos e infantis. Em todas as épocas, existiram titipinhos semelhantes, tão cheios de si quanto ocos por dentro.

Se é esse tipo de gente que ataca violentamente Dilma Rousseff e Marcelo Branco, então podemos ter certeza de que Dilma é a melhor candidata e Branco é o melhor coordenador de internet. Os cães furiosos, presos às oleiras de seus donos, podem latir, babar, vomitar, os olhos injetados de ódio, não importa, a caravana vai passar sobre suas carcaças e seguir viagem em direção a outras guerras mais nobres, mais dificeis, contra adversários muito mais perigosos...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Contrastes entre dois finais de mandato


Dia 6 de maio de 2001:

a) Brasil vive crise dramática de energia e aguarda o pronunciamento do Presidente Fernando Henrique Cardoso que anunciará o racionamento à Nação;

b) Folha Online: "Além de sofrer com o aumento das tarifas de energia elétrica, o brasileiro ainda terá de gastar mais dinheiro para acender uma vela, em caso de apagões".

c) preço do produto será reajustado devido ao aumento de 5,5% no valor da parafina, vendida mais cara pela Petrobras desde o último dia 1º.

d) acidente com a plataforma P-36, que explodiu e afundou na Bacia de Campos dia 20-03, causou 11 mortes e reduziu a produção nacional de petróleo em 84.000 barris/dia

e)Agência Nacional de Petróleo (ANP) afirma que acidente foi causado por "

"não-conformidades quanto a procedimentos operacionais de manutenção e de projeto" por parte da Petrobrás.



f) Folha On line: "Se os aumentos de tarifa não forem suficientes para reduzir o consumo de energia elétrica, brasileiros poderão ficar até quatro horas por dia no escuro".


Dia 6 de maio de 2010:


a) governo anuncia o Plano Nacional da Banda Larga para garantir acesso de alta velocidade à Internet a 40 milhões de domicílios até 2014; a estatal Telebrás é capitalizada para assumir o comando da rede de transmissão.


b) Governo cria Eximbank para incentivar exportações e define incentivos fiscais com devolução rápida de tributos para alavancar vendas brasileirsas ao exterior;


c) Indústria de máquinas e equipamentos registra o melhor março da sua história com faturamento de R$ 7,2 bilhões


d) IBGE: crescimento de 18% da produção industrial no 1º trimestre configura a maior expansão trimestral desde o início da série histórica, em 1991.


e) Petrobrás prepara-se para realizar mega-capitalização destinada a investimentos da ordem de US$ 174 bilhões na exploração das reservas brasileiras do pré-sal, a principal descoberta de petróleo do mundo nas últimas décadas;


f) Oposição no Congresso boicota votação das regras do pré-sal que garantem soberania nacional no controle das novas jazidas;


g) José Serra, ex- ministro da Saúde e do Planejamento Econômico de FHC, apresenta-se novamente como candidato das forças anti-Lula à Presidência da República, agora com dimensão regional: o tucano afirma que o Mercosul é uma farsa; quer impedir a adesão da Venezuela ao bloco e sinaliza um retorno à diplomacia de FHC de alinhamento com os EUA.


Fonte: Carta Maior

A má fé da mídia Serra/Veja/O Globo/FSP/Estadão com Lula e Dilma

Feijão com arroz

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O Cachete - O Remédio para a Crise de Coluna: O Observatório da Imprensa Descobriu Algo Inédito!

O Cachete - O Remédio para a Crise de Coluna: O Observatório da Imprensa Descobriu Algo Inédito!

Serra, a Folha de São Paulo e a Veja


A porta giratória que une a campanha de Serra às redações da Folha de São Paulo e da revista VEJA moveu-se mais uma vez: Márcio Aith, que, aspas para o jornal na coluna Painel, "vinha trabalhando na Folha como repórter especial" -e pouco antes fora editor-executivo de VEJA--  agora passa a trabalhar  diretamente na campanha demotucana, como coordenador  de imprensa do candidato do conservadorismo brasileiro. Um dos recentes serviços  de Aith na forma ‘ reportagem' foi o factóide  sobre a Telebrás. A tentativa  era inviabilizar a política de universalização do acesso à web --que será  anunciada hoje--  criando um vínculo de interesses escusos entre o programa do governo e consultorias prestadas pelo ex-ministro José Dirceu a sócios da estatal . A Advocacia Geral da União desmentiu essa possibilidade ao esclarecer que  os  16 mil quilômetros da rede de fibra ótica a serem utilizados no programa, juridicamente já haviam sido retomados pelo Estado brasileiro, embora o sistema Telebrás tenha sido privatizado por FHC,  em 1998. Em vão.  Em uma das ‘matérias', Aith dizia que "Dirceu recebe de empresa por trás da Telebrás". A nova atribuição do jornalista , agora pela frente,  esclarece de forma cabal as motivações por trás do seu trabalho anterior.

(Carta Maior apóia Dilma Rousseff e nada tem contra o engajamento de jornalistas e veículos, desde que isso se dê de forma transparente para o discernimento do leitor; atualizado às 12:05; 05-05)

Fonte: Carta Maior

Dilma Presidente: Cai por terra catástrofe pregada pela oposição

Dilma Presidente: Cai por terra catástrofe pregada pela oposição

terça-feira, 4 de maio de 2010

Os 35 anos da vitória sobre os EUA



Reproduzo a excelente série de reportagens de Breno Altman sobre o heróico Vietnã, publicada no sítio Opera Mundi:

Ainda amanhecia quando milhares de vietnamitas, organizados em colunas, começaram a se aproximar do Parque 30 de Abril, diante do antigo palácio presidencial, na cidade de Ho Chi Minh. Sindicatos, universidades, fábricas e organizações camponesas enviaram suas delegações, além das forças armadas. Respondiam à convocação para a manifestação que celebraria o triunfo do Vietnã socialista contra o governo de Saigón (velho nome da cidade) e seus aliados norte-americanos.

Não foi um comício de tipo ocidental. O horário já era extravagante. Todos estavam avisados que as atividades começariam pontualmente às 6h30 e estariam encerradas três horas depois, antes que o calor alucinante de Ho Chi Minh vencesse o dia. Quem ocupava as arquibancadas armadas no caminho central do parque eram as autoridades e os convidados. Os cidadãos, com seus agrupamentos, foram os responsáveis pelo espetáculo.

Poucos discursos, apenas quatro – e religiosamente cronometrados. O primeiro secretário do Partido Comunista do município falou por 20 minutos. Depois vieram o presidente da Associação dos Veteranos de Guerra, o secretário-geral da federação sindical local e o presidente da Juventude Comunista de Ho Chi Minh – cada qual com direito a 10 minutos de discurso. O presidente da República, Nguyen Minh Triet, 68, um sulista que teve participação discreta na guerra e está no cargo desde 2006, apenas assistiu, junto com outros dirigentes.

Aproximadamente 50 mil pessoas desfilaram diante das tribunas. Grupos teatrais representaram momentos da guerra de 21 anos contra os norte-americanos e o então Vietnã do Sul. Muita música, até com um pouco de ritmo pop, além dos acordes previsíveis da Internacional (o histórico hino socialista) e de canções revolucionárias. Depois, uma longa marcha, com militares, trabalhadores, mulheres, intelectuais, estudantes, camponesesm com suas faixas e bandeiras, além de modestas coreografias.

Mas a maior emoção estava no rosto dos veteranos de guerra. Um deles era o coronel Nguyen Van Bach, de 74 anos, cabelos inteiramente brancos. Nascido na província de Binh Duong, no sul do país, integrou-se à luta armada em 1947, aos 11 anos. Ainda era a época da guerra contra os franceses, que não aceitavam a independência conquistada em 1945, sob a liderança do líder comunista Ho Chi Minh.

Van Bach ainda combatia no final de abril de 1975. Fazia parte das tropas guerrilheiras. Estava em um destacamento que já controlava a cidade de Tan An, na província de Long An, localizada no delta do rio Mekong. Foi lá que soube da queda de Saigon nas mãos de seus camaradas. “Tive uma alegria tão grande que provocava lágrimas”, lembra-se. Ainda se emociona, como vários de seus amigos, quando se recorda dessa data.

Afinal, no dia 30 de abril de 1975, encerravam-se mais de 30 anos de guerra regular ininterrupta. Desde que fora formado o primeiro pelotão da guerrilha comunista, em dezembro de 1944, sob o comando de Vo Nguyen Giap, braço direito de Ho Chi Minh, os vietnamitas enfrentaram sucessivamente invasores japoneses, franceses e norte-americanos.

Colonia francesa desde 1856, o Vietnã foi ocupado pelas tropas nipônicas durante a Segunda Guerra Mundial. Os comunistas assumiram a linha de frente na luta contra os soldados de Hiroito, aproveitando o colapso de Paris às voltas com a ocupação nazista. Lideraram uma frente de várias correntes políticas, denominada Vietminh, e declararam a independência do país depois da capitulação japonesa, em agosto de 1945. No dia 2 de setembro do mesmo ano nascia a República Democrática do Vietnã.

Guerra da Indochina

O general De Gaulle, presidente da França, assim que viu derrotado o nazismo, ordenou que suas tropas sufocassem os rebeldes vietnamitas. Foram oito anos de sangrentos combates. Os homens de Ho Chi Minh e Giap organizaram uma poderosa resistência guerrilheira, que progressivamente aterrorizou e desgastou os franceses. Mais de 90 mil gauleses perderam a vida nos campos de batalha.

A estocada final contra os colonizadores foi em 1954. Ficou conhecida como a batalha de Dien Bien Phu, uma região no noroeste do Vietnã, perto da fronteira com o Laos. Os franceses imaginavam-se invulneráveis nessa posição estratégica, da qual planejavam sua contra-ofensiva a partir de uma grande concentração de recursos humanos e materiais. Mas o Vietminh, através de trilhas na selva e túneis, foi cercando o local sem ser percebido.

Depois de oito semanas, entre 13 de março e 7 de maio, as tropas do general Christian De Castries estavam destruídas e desmoralizadas. Foi o derradeiro capítulo da chamada Guerra da Indochina. Os franceses, derrotados, aceitaram as negociações que levariam aos acordos de Genebra, em 1954. Pelos termos desse tratado, o Vietnã ficaria provisoriamente dividido em dois, ao norte e ao sul do paralelo 17. Mas eleições gerais teriam lugar em 1956 para reunificar o país.

Quando se consolidaram as perspectivas de vitória eleitoral comunista, os grupos conservadores chefiados pelo católico Ngo Dinh Diem deram um golpe de Estado no sul e cancelaram as eleições. Os Estados Unidos, que já tinham sido os principais financiadores das operações francesas, assumiram a defesa do regime de Saigon. Forneceram, a princípio, recursos, armas e assessores militares.

Guerra do Vietnã

Os comunistas reagiram e lideraram, a partir de 1960, um levante popular e guerrilheiro contra Diem, articulado pela Frente de Libertação Nacional com o apoio do norte. Os norte-americanos, diante da fragilidade de seus aliados, enviaram tropas para defendê-los. Era o início da Guerra do Vietnã.

A participação direta dos Estados Unidos durou até 1973. Acabaram asfixiados e quebrados como os franceses. “A supremacia deles era tecnológica”, recorda outro veterano, o general Do Xuan Cong, 72. “Mas o armamento deles era para guerra à distância, com aviões, foguetes e bombas. Nós reduzimos o espaço, forçamos o combate no quintal de suas tropas. As armas modernas não tiveram serventia nem substituíram sua falta de moral para a luta”.

A casa começou a cair depois da chamada Ofensiva do Tet (o ano novo vietnamita), em 1968, quando as forças guerrilheiras atacaram dezenas de objetivos ao mesmo tempo, incluindo a própria embaixada norte-americana em Saigon. A Casa Branca já tinha mais de 500 mil homens em combate. A sociedade estrilava com as mortes, derrotas e mentiras.

Os EUA, durante os quatro anos seguintes, despejaram uma quantidade de bombas superior a que foi empregada em todas as batalhas da Segunda Guerra Mundial. No final de 1972 submeteram Hanói a 12 dias e noites de terror. Utilizaram armas químicas para destruir a capacidade alimentar dos vietnamitas e anular as forças guerrilheiras. Mas suas tropas estavam cada vez mais tomadas pelo medo e incapazes de defender suas posições territoriais.

Derrota norte-americana

Washington se viu forçado às negociações de Paris, que levariam à retirada de seus soldados em 1973. O regime de Saigon ficou por sua própria conta. Não permaneceu de pé por muito tempo. Em 1975, o Vietnã reconquistava sua unidade nacional e os comunistas venciam a mais duradoura guerra do século 20.

Os mortos vietnamitas, civis e militares, chegaram a três milhões, contra apenas 50 mil “sobrinhos” do tio Sam. Dois milhões de cidadãos, incluindo filhos e netos da geração do conflito, padecem de alguma deformação genética provocada pela dioxina, subproduto cancerígeno presente no agente laranja, fartamente empregado pelos norte-americanos. Além das perdas humanas, a economia do país foi quase levada à idade de pedra, como preconizava o general norte-americano Curtis LeMay.

Mas quem desfila a vitória, ainda assim, é o Vietnã. Os norte-americanos foram ocupar o mesmo lugar na galeria de fotos que japoneses e franceses, para não falar dos chineses: o de agressores colocados para correr. “Nossa estratégia se baseou em uma ideia simples: a da guerra de todo o povo”, enfatiza o general Cong. “Não havia um centímetro de nosso território no qual os norte-americanos podiam ficar tranquilos. Eles perderam para o medo.”

Essas são águas passadas, porém. Das quais ficam lições, estímulos e valores, é certo, além de grandes livros, fotos e filmes. Mas não resolvem os desafios da paz. Os vietnamitas, nesses 35 anos, tiveram que cuidar de outro problema, para o qual a guerrilha e seus inventos não eram solução. Como alimentar e desenvolver uma nação tão pobre e destruída? Essa é a outra história do Vietnã indomável.



Fonte: Altamiro Borges

COMO FUNCIONA O ESQUEMA DA "IMPRENSA" PARA LIMPAR A BARRA DE JOSÉ SERRA


SEGUNDA-FEIRA, 3 DE MAIO DE 2010


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Por Daniel Lopes, do blog Index
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G1, ClicRBS e os repórteres que escutam demais
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Não é com muita frequência que a grande mídia atualiza a seção Erramos, então assuntem: o G1 soltou notadizendo que “errou ao informar” que Serra “fez uma comparação entre fumantes e ateus”.
Na verdade, essa é a segunda versão da nota. A primeira, que peguei enquanto esboçava este post, dizia que o portal “reproduziu incorretamente” a fala do pré-candidato. Provavelmente, corrigiram a nota de correção porque enfim decidiram que, “Fala?! Que fala? Mas se não houve fala nenhuma, bleh!”.
Se o repórter errou mesmo, foi, como dizem aqui na sinuca, um erro muito doido. O que Serra teria dito, digo, não teria dito, é o seguinte:

."A pessoa que fuma sabe que o cigarro vai fazer mal, mas continua assim mesmo. Depois, adoece e mesmo assim continua fumando. Assim é uma pessoa sem Deus. Sabe que Ele está ali, mas não o procura".

A suposta fala causou alguns protestos entre “pessoas sem Deus” na blogosfera e no Twitter.
A nota do G1 diz agora que a reportagem “já foi corrigida”. Na nova versão, a transcrição acima não foi retificada, foi simplesmenteextirpada. Ou melhor, substituída. Idem na página do ClicRBS. Não existem mais nos textos as palavras "pessoa", "adoece", "fumando" ou "procura". É a ficção orwelliana fazendo escola no jornalismo brasileiro.
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JORNALISMO PARA IDIOTAS: A notícia no ClicRBS, antes (esq.) e depois da alteração
.Ou os repórteres a serviço do G1-ClicRBS-Jornal de Santa Catarina andam fumando muito durante o trabalho (já que teriam imaginado uma fala para o pré-candidato e colocado 37 palavras em sua boca) ou a pressão vinda dos tucanos para que a reportagem fosse alterada foi muito doida. Não há terceira alternativa.

Fonte: Cloaca News

Governo Serra e o bem sucedido Programa “São Paulo Dengoso” « Festival de Besteiras na Imprensa

Aedes: o símbolo do programa do Serra "São Paulo Dengoso"

Como quem não quer nada, o Governo Serra marcou mais um ponto com o sucesso do Programa “São Paulo Dengoso”.

Os dados do CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica), da Secretaria de Saúde de São Paulo, demonstram o sucesso do programa:

1. Número de casos de dengue registrados no Estado entre o dia 1º de janeiro e 24 de fevereiro: 7.594

2. No mesmo período do ano passado (em seis semanas): 771

3. Aumento dos casos de dengue: 884,95%.

Esses foram os dados que encontramos pesquisando no Google. Só encontrei mais esta matéria que fala do total de 2010 (janeiro a março), mas não fala do total de igual período em 2009:

São Paulo registra 34.908 casos de dengue em 2010

É possível que as Organizações Serra (Globo, Folha, Estadão e Veja, entre outros) tenham recebido “ordens superiores” para “abafar” o caso. Daí não encontrarmos mais informações a respeito.

Por esses números, São Paulo está vivendo uma pandemia de dengue, com a cumplicidade criminosa das Organizações Serra.

Quando a pandemia atingir uma proporção incontrolável, as Organizações Serra colocarão a “boca no trombone” dizendo que é culpa do Lula e da Dilma. Aguardem…