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quarta-feira, 9 de junho de 2010

BRASIL PODE CRESCER ACELERADO, SEM RESTRIÇÃO EXTERNA, SE BAIXAR OS JUROS QUE ATRAEM CAPITAIS ESPECULATIVOS. É O OPOSTO DO QUE APREGOA A 'PRUDÊNCIA'

investimentos em máquinas e edificações avançam 26% no 1º trimestre e ampliam a oferta para acomodar uma demanda robusta, sem decontrole inflacionário [taxa recua de 0,57 em abril para 0,43% em maio]. Restrição externa ao crescimento, decorrente de expansão excessiva das importações, pode ser desarmada com a redução dos juros. Taxas menores afastariam o capital especulativo que invade o país em busca de ganhos rápidos, o que valoriza o Real incentivando importações em volume insustentável. A solução para continuar crescendo forte, portanto, é oposta àquela apregoada pelo' consultores dos mercado' que torcem pela alta dos juros. Criticar o juro alto é o único discurso que sobrou para o candidato do conservadorismo brasileiro no campo econômico. Compreende-se a ansiedade da mídia demotucana pela decisão do COPOM: Serra precisa de uma alta dos juros; o Brasil, não.

(Carta Maior; leia nesta página o artigo de Samuel Pinheiros Guimarães sobre a ardilosa prudencia dos defensores do PIB baixo com juro alto; 09-06)

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